Azul

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Azul.
Mister Azul era um cara simples que carregava sorrisos em todos os bolsos, no sorriso dos olhos e da boca.

Mister Azul não precisa de muita coisa pra tomar a atenção de quem quer que fosse. Basta apenas aparecer e todos, de repente, viam-se atraídos pela simpatia que o homem passava assim, como que um aroma. Posso dizer que ele me parecia esquisito!
Mas eu era apenas um garoto de 8 anos que achava quase tudo muito esquisito.
Mister Azul e os assobios. Foi ele quem me ensinou a assobiar, a brincar com os meus brinquedos de ir além, de ir sonhar. Eu viajava com suas histórias de dragões, princesas e castelos gigantes que chegavam até o céu.
Mister Azul me ensinou a fazer continha, eu era meio burrinho com os números. Isso deixava mamãe tão triste. A pobre coitada achava que eu era doente, que não seria feliz na vida. Mas Mister Azul me ensinou que se a gente somar as coisas e guardá-lhas, elas não se perdem. E isso funcionava pra tudo. Se eu somasse coisas ruins e nunca me desfizesse, sempre estariam ali. Daí que foi que aprendi a subtrair.
Daí que foi também que aprendi a somar as coisas boas, e elas sempre estavam ali. Mas ele me disse que existe uma matemágica na vida que a gente precisa aprender o quanto antes: Somando coisas boas, elas ficam ali. Só que as coisas boas, só pra gente não é justo. Não é bom. Outra coisa boa é dividir essa soma com outras pessoas. Aliás, se a outra pessoa vem somando coisas boas, acontece uma coisa muito legal: A gente multiplica e as coisas boas não param de crescer! E aparece mais gente e mais coisas boas e a gente pode brincar de ir além, de vir voar pelo céu azul. E o azul que a gente voa é o mesmo do Mister.

Mister Azul, quero ser você, multiplicado e divido, quando eu crescer.

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Certas coisas começam a tomar rumo em nossas vidas… estudo, trabalho. Mas é no rumo pra casa, quando tudo meio que silencia, o dia finda e a noite te espera quietinha, que a mente sai feito coruja por aí. Esse por aí é bem perto.
Cabe dentro de alguém dentro de um ônibus, de um vagão, alguém que caminha.
Vê-se que ainda tem tanta coisa, mas tanta coisa sem rumo que…quase dói.
Na verdade, dói, mas o cansaço do dia não permite muitos dramas.
É noite e você já tem algum rumo, um ou outro. Mas são tantos rumos ainda.
Não perca o rumo de casa, esse não perca…
Já não bastam os rumos que ninguém sabe onde encontrar…
(Eu, eu mesma e eu mesma)